Frio

Frio
Faz frio nessa manhã me concedida
e um céu azul repleto de esplendor…
O sol procura dar-me o seu calor
ao caminhar, sem trégua, em sua lida.
Me inquieta a tua ausência; choro a dor
que, imposta, essa distância desmedida
purgou-me dentro ao peito, igual ferida,
e clamo a chama a vir do teu amor!
Preciso o toque, a paz do teu carinho,
dos seios teus onde eu feliz me aninho
e o ardor que o teu desejo me oferece…
Tem compaixão de mim, mulher amada!…
Na flama arfante, de paixão tomada,
somente o corpo teu é que me aquece!
Soneto: Frio – Paulo Braga Silveira Junior – Maio/2020
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PASSARINHÂNSIAS (Luiz Gilberto de Barros)
Aprisionado, um passarinho, em vão, simula
Um triste voo, no abandono da gaiola
Como teu sonho que se esvai… e que te anula,
Quando nem tua solidão mais te consola.
Grades rompidas… céu azul… vento… leveza
E a sensação de liberdade te envolvendo…
Mas teu amor tem a prisão por natureza
Num coração cuja razão vai se escondendo.
Porém insistes em voar, tu necessitas
De liberdade… e mesmo sendo prisioneira
Das tuas dores solitárias e aflitas
Tu reconstróis nos abandonos, outro ninho
Porque buscaste ser feliz a vida inteira
Querendo um dia ser apenas… passarinho.
BRINCANDO DE TE AMAR (Luiz Gilberto de Barros)
Eu brinco de te amar, levando a sério,
O instante mais sublime desse amor;
Aquele em que a paixão é o hemisfério
Feliz do coração de um sonhador.
Eu brinco de te amar, realizando
Meus sonhos, quando no meu coração,
O amor, com meus anseios, vai criando
A fantasia em nova dimensão.
Eu brinco de te amar… e te amo tanto
Que toda angústia, dor e desencanto
Diluem-se em doces pensamentos…
O meu olhar convida o teu olhar
E os dois, como meninos, vão brincar
De amar… no mais feliz dos sentimentos.
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