Olho de Lince – Waly Salomão

Olho de Lince – Waly Salomão
Quem fala que sou esquisito, hermético,
É porque não dou sopa, estou sempre elétrico.
Nada que se aproxima, nada me é estranho.
“Fulano”, “cicrano”, “beltrano”,
seja pedra, seja planta, seja bicho, seja humano.
Quando quero saber o que ocorre a minha volta,
ligo a tomada, abro a janela e escancaro a porta.
Experimento, invento tudo. Nunca jamais me iludo.
Quero crer no que vem por ai, beco escuro,
Me iludo passado presente futuro.
Viro, balanço, reviro na palma da mão o dado,
Futuro, presente, passado.
Tudo sentir, total é a chave de ouro do meu jogo.
É o fosforo que acende o fogo da minha mais alta razão,
e na sequência de diferentes naipes,
quem fala de mim, tem paixão.

[…] Olho de Lince […]
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